Foi na sequência do anúncio, por parte da REFER, da diminuição da velocidade com que passaram a circular os comboios, num troço da Linha do Vouga, que a Câmara Municipal de Águeda solicitou uma reunião técnica com aquela entidade, para analisar as razões que levaram a tal decisão.
O encontro decorreu anteontem, ao final do dia, e Gil Nadais não deixou de manifestar a sua “estranheza” pela diminuição drástica da velocidade das composições, alegadamente por motivos de segurança. Por essa razão, o autarca pretende que seja realizado um estudo sobre as velocidades que são possíveis na Linha do Vouga.“A diminuição da velocidade tem provocado grandes perturbações na comunidade escolar, onde os alunos têm chegado tardiamente”, diz o autarca.
De resto, Gil Nadais lamenta o “desajustamento” dos horários, dando como exemplo o facto de os alunos saírem das escolas às 17 horas e apenas terem comboio para voltar a casa às 19.30 horas.
“Significa que saem de casa às sete da manhã e só chegam às 21 horas, o que não é aceitável, mas na reunião houve uma grande abertura para reajustar os horários conforme as necessidades da população”, deu conta o autarca.
A justificação dada para a súbita limitação da velocidade de circulação na Linha é a falta de segurança, mas representantes dos sindicatos acusam de se tratar de uma decisão política, segundo Gil Nadais que recorda ainda que “o governo produziu um documento em que previa o encerramento da linha, sem qualquer estudo de suporte”, apesar do aumento do número de passageiros.